Embaixo do viaduto João Pessoa
Enrolada em surrados cobertores,
Ela estava deitada.
Uma das mãos segurando um livro e a outra gesticulava.
Gestos intensamente proféticos.
Não estivesse ao chão, já teria cativado alguma platéia.
Ao som de música alta, fones de ouvido, eu não escutava suas palavras.
Porém interessada em descobrir de que se tratava o livro que ela tão convicta declamava.
Perto cheguei,
Sem que minha presença fosse percebida,
E então pude entender:
Aquela mulher solitária profetizava ao vento
O verdadeiro significado das coisas.
Uma profeta acamada que tinha em mãos um dicionário
terça-feira, 28 de junho de 2011
domingo, 12 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Amor sem medo
Que bela serenata fazem os anjos
Para os amantes que na noite passeiam
Não sentem qualquer receio da morte
Seus coraçõezinhos com amor já estão de veras cheios
Ao se mirarem sentem tanta confiança
que distraídos, sequer percebem um ameaçador olhar alheio.
Para os amantes que na noite passeiam
Não sentem qualquer receio da morte
Seus coraçõezinhos com amor já estão de veras cheios
Ao se mirarem sentem tanta confiança
que distraídos, sequer percebem um ameaçador olhar alheio.
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